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COLEÇÕES PRINCIPAIS
COLEÇÕES PRINCIPAIS


ADELINA GOMES

Moça pobre, filha de camponeses, nasceu em 1916 na cidade de Campos (RJ). Fez o curso primário e aprendeu variados trabalhos manuais numa escola profissional. Era tímida e sem vaidade, obediente aos pais, especialmente apegada à mãe. Aos 18 anos apaixona-se por um homem que não é aceito por sua mãe. Tornou-se cada vez mais retraída, sendo internada em 1937, aos 21 anos.
Segundo depoimento de Almir Mavignier "agressiva e perigosa esta foi a descrição que recebemos dela e que aconselharia a não aceitá-la no ateliê. Interessado, porém, nas bonecas que ela fazia no hospital, fui buscá-la num dia chuvoso, protegendo-a com um guarda-chuva. Esta atenção, tão normal, naquelas circunstâncias deve ter contribuído para conquistar sua confiança.

 

 

FERNANDO DINIZ

Nasceu em Aratu, Bahia, em 1918. Mulato, pobre, nunca conheceu o pai.
Aos 4 anos de idade veio para o Rio de Janeiro com sua mãe que era excelente costureira. Morando em promíscuos casarões de cômodos, costumava acompanhá-la quando ia trabalhar em casas de famílias ricas e abastadas.
Desde garoto o sonho de Fernando era estudar para ser engenheiro. Inteligente, foi sempre o primeiro aluno da classe. Chegou até o 1º ano científico mas abandonou os estudos.
Em 1949 vai para o Centro Psiquiátrico Pedro II onde começa a freqüentar a Seção de Terapêutica Ocupacional.

 

 

CARLOS PERTUIS

Carlos nasceu no Rio de Janeiro, em 4 de dezembro de 1910. Seus avós eram franceses, bem como seu pai que veio ainda menino para o Brasil. Foi o único filho homem da família, havendo 3 irmãs. Era muito apegado a mãe. Era de estrutura física frágil, psicologicamente imaturo. Uma natureza sensível e religiosa. Sua instrução era primária, entretanto gostava de ler. Com a morte do pai, deixou de estudar e foi trabalhar numa fábrica de sapatos.

 

 

OLÍVIO FIDELIS

 

Nasceu em 1930 no estado de São Paulo. Solteiro, grau de instrução primária. Profissão: operário estampador em fábrica de tecidos.
Foi internado em 1967, no Centro Psiquiátrico Pedro II. No mesmo ano, começa a freqüentar o ateliê de pintura do Museu de Imagens do Inconsciente, devido a um desenho seu feito com um prego no muro do pátio do hospital: um homem estava sendo engolido por um grande peixe. 
Sua permanência no ateliê foi curta, dizendo que preferia desenhar no pátio. Nos primeiros encontros não demonstrou vontade de conversar; ficava desenhando e às vezes falava de coisas relacionadas com os assuntos de sua pintura. E quase toda a sua pintura se refere ao mar. Dizia que pintava aquilo que via,tudo é visto em vidência.
Não gostava de pessoas por perto. Negando estar num hospital, dizia que se escondera neste lugar fugindo de inimigos. 

 

 

OCTÁVIO IGNÁCIO

Octávio nasceu em 1916 no estado de Minas Gerais. Instrução Primária. Conseguiu durante tempo bastante longo reprimir pulsões homossexuais. Casou-se, teve um filho. Sua profissão de serralheiro, trabalho que lida com ferro e fogo, implica em afirmação de masculinidade.
Mas no carnaval de 1950 ocorreu-lhe fantasiar-se vestindo roupas femininas. Diante do espelho, vendo-se naquele travesti, Octávio foi tomado de súbita e frenética excitação. Resultado: internação, quarto forte. Sua folha de observação clínica registra violenta excitação psico-motora, idéias delirantes de perseguição; diagnóstico: esquizofrenia. Seguem-se mais 12 reinternações, sendo a última em dezembro de 1966. Octávio vem freqüentar, em regime de externato, o atelier de pintura do Museu. Somente uma reinternação ocorreu, desde que ele pratica as atividades expressivas de desenho e pintura.

 

 

ARTUR AMORA

Teve uma breve passagem pelo Museu de Imagens do Inconsciente no final da década de 40, e não há maiores dados a seu respeito. Chegou ao ateliê desejando pintar, mas declarando que não sabia desenhar. Propus-lhe buscar um motivo que lhe interessasse. Descobriu uma caixa de dominós e copiou-os inteiramente. Depois, começou a simplificá-los, abandonando os pontos, e cobrindo as faixas brancas e pretas, rompendo os ângulos, encontrando curvas e criando estruturas de forte contraste ótico.
Considerava o branco e o preto como cores suficientes para seu trabalho. Dava títulos às composições com nomes de partituras musicais de Beethoven, Schubert, e Chopin. Porém recusava-se a mostrá-las a seus parentes, pois temia ser considerado perigoso.

 

 

RAPHAEL DOMINGUES

Nasceu em julho de 1913, no estado de São Paulo, sendo o primogênito de quatro irmãos. Pai de nacionalidade espanhola, dedicava-se a construção de monumentos fúnebres. Sua mãe descreve-o como um menino tímido, sensível, retraído.
Quando o pai abandonou a família, Raphael, para ajudar no sustento dos irmãos mais novos, foi trabalhar como ajudante na fabricação de gaiolas para pássaros. Aos 13 anos ingressou no Liceu Literário Português, onde estudou desenho acadêmico. Trabalhou como desenhista em escritórios particulares, chegando a ganhar um prêmio em concurso da Standard Oil Company.
Aos 19 anos de idade foi internado no hospital psiquiátrico da Praia Vermelha (RJ).